terça-feira, 26 de março de 2013

Apesar de chuvas, Nordeste levará uma década para se recuperar de efeitos da seca, preveem especialistas

volta das chuvas no semiárido nordestino trouxe a esperança de dias melhores ao sertanejo, mas ainda estão longe de acabar com a devastação ambiental causada pela seca desde o início de 2012. Segundo especialistas e autoridades, a recuperação de um período de estiagem tão longo e intenso só deve acontecer em um década. Isso, caso as chuvas voltem à média nos próximos meses e ações governamentais sejam tomadas para garantir o abastecimento de água. A seca 2012-2013 já é considerada a pior em pelo menos 40 anos.


Em muitas regiões do sertão, a semana foi de chuva intensa, que chegaram a causar prejuízos e levaram municípios que sofriam com a seca a decretar emergência no Piauí e na Bahia. Porém, devido ao deficit hídrico acumulado, as chuvas não devem ser capazes de suprir toda a carência deixada nos últimos meses. É a chamada "seca verde", quando o pasto floresce, o chão fica úmido, mas não houve um bom acúmulo de água.
"As chuvas que caíram esses dias foram importantes, mas não foram suficientes para a regularização do deficit hídrico no Estado. O que tem chovido não corresponde a 10% do necessário para a normalização hídrica do Estado. É necessário que as chuvas continuem a cair", afirma o meteorologista da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Sergipe, Overland Amaral.
Mesma situação de "seca verde" é enfrentada na Bahia. "Essas chuvas deram uma aliviada, mas não resolvem o problema, pois o deficit é muito grande e vem de longo tempo. Há ainda um prejuízo muito grande para a agricultura, pois a retomada vai demorar muito tempo.", afirma o coordenador da Defesa Civil da Bahia, Salvador Brito.

10 anos de recuperação

Em Alagoas, 37 municípios sofrem com a estiagem e a situação também é de caos. Para o ex-secretário de Estado da Agricultura e recém-empossado na cidade de Pão de Açúcar, Jorge Dantas (PSDB), é preciso que o governo federal participe de forma mais atuante no processo. Ele também acredita que a recuperação nordestina só ocorrerá a longo prazo.
"Serão 10 anos para recuperar os efeitos desta seca. Precisamos pensar em ações de médio e longo prazo, porque a seca é um efeito natural que sempre acontece. É necessário propor a criação de um órgão a nível federal específico para seca", disse.
Diante da necessidade de recuperação a médio e longo prazo, a AMA (Associação dos Municípios Alagoanos) preparou uma série de reivindicações que serão entregues, nos próximos dias, ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. Entre as medidas solicitadas estão o fortalecimento do programa de segunda água, que prevê a construção de cisternas com capacidade para 52 mil litros (que serviria para consumo animal), recuperação de 100% dos poços artesianos e criação de um programa para plantio da palma (vegetação da mesma família do cacto, que sobrevive a longos períodos de seca, mas serve de alimento para o rebanho).
Na Paraíba, onde 195 municípios decretaram emergência, as chuvas caíram com menos intensidade nos últimos dias. A situação no Estado ainda é considerada bastante preocupante, especialmente no que diz respeito a questão pecuária. Segundo o presidente da Federação da Agricultura da Paraíba, Márcio Borba, 40% das cabeças de gado do Estado foram perdidas com a seca, seja por morte, transferência de Estado ou abate antecipado.
"A Paraíba tinha 1,2 milhão de reses [animais que se abatem para a alimentação] antes da seca, e hoje não temos 800 mil. Se continuar seco, além das 40% perdidas, 30% irão daqui para o final de 2013. Vamos levar de oito a 10 anos para recuperar esse índice, caso tenhamos anos normais e se houver incentivo do governo federal, que até agora tem feito algo quase que insignificante", disse.
Segundo um estudo do Etene (Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste), ligado ao Banco do Nordeste, os Estados também sofreram severamente com a perda de lavoura, o que levará um tempo para ser recuperado. Em 2012, por exemplo, houve uma queda da safra de 85% de milho e feijão no Ceará --foram 1,179 milhão de toneladas colhidas em 2011, contra 176 mil no ano passado. A perda foi a maior desde 1958.

Falta de chuva

Segundo dados da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), o ano de 2012 foi marcado por uma queda considerável na precipitações. "Nos meses de fevereiro, março e abril de 2012, por exemplo, choveu entre 300 e 500 mm a menos do que o ano de 2011. É importante mencionar que, para o semiárido nordestino, o principal período chuvoso costuma iniciar entre fevereiro e março", afirmou o professor Humberto Barbosa, coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite da Ufal. Cada milímetro de chuva equivale a um litro de água em 1 m².
"A seca hídrica é ainda muito intensa e é o maior problema enfrentado hoje, pois o deficit é muito alto. Precisamos que, ao menos este ano, a chuva ocorra na média, para não piorar ainda mais a situação", complementou Barbosa.

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C. Eduardo completa 2 meses, mas joga apenas 170min e frustra Flamengo

A novela para trazer Carlos Eduardo no começo do ano ainda não trouxe resultados para o Flamengo em campo. O jogador completou dois meses de clube na última segunda-feira e parece longe de dar o grande retorno esperado pelo Rubro-negro. Ao todo, foram apenas 170 minutos de futebol sem brilho e de pouca efetividade do apoiador em sua volta ao Brasil.
Neste período, o apoiador ainda não conseguiu encontrar sua forma física ideal. Em janeiro, Carlos Eduardo chegou ao Flamengo falando em 20 dias para alcançar o preparo desejado. Na época, a previsão da comissão técnica de Dorival Junior era maior – 40 dias – mas tampouco foi cumprida. Até o atual momento, o meia não atuou por uma partida inteira pelo clube.
Carlos Eduardo participou somente de quatro dos 11 jogos do Flamengo nos últimos dois meses - só 36% de aproveitamento. Nesses compromissos, atuou em média 42,5 minutos, número bem abaixo do esperado para um atleta contratado com a missão de ser o camisa 10 do clube na temporada.  O companheiro Cleber Santana, por exemplo, jogou 220 minutos, mesmo estando longe da titularidade da equipe.
A falta de brilho do jogador em campo provocou algumas alterações em sua utilização. Nas três primeiras partidas, Dorival Junior escalou Carlos Eduardo como titular, mas o substituiu em todas, sempre por cansaço. Apenas contra o Olaria, com a equipe já classificada, o apoiador atuou por mais de 45 minutos, mas saiu aos 15 da segunda etapa.
A intenção do técnico era dar ritmo de jogo ao meia, já que o mesmo também não vinha tendo uma sequência de atuações pelo Rubin Kazan-RUS, equipe que defendeu nos últimos dois anos. A pouca evolução, no entanto, fez com que Dorival barrasse Carlos Eduardo e deixasse o jogador no banco de reservas contra o Resende. Naquela partida - sua última no comando do Flamengo - o treinador botou o atleta em campo por apenas 15 minutos.
Com a chegada de Jorginho, a tendência é que Carlos Eduardo volte a iniciar as partidas, mas ainda sem condições de disputá-las até o fim. O treinador pretendia escalá-lo como titular contra o Boavista, mas uma faringite tirou o meia da partida. Recuperado, o apoiador estará à disposição para o jogo contra o Bangu, nesta quarta-feira.
"O Carlos Eduardo é um jogador que já esta parado há algum tempo. Jogaria nesse jogo [contra o Boavista]. Infelizmente estava debilitado [pela faringite] e não aguentaria. Sabemos que é um jogador que não conseguiremos usar por todo o tempo por enquanto, mas será importante", disse Jorginho.

Vilson segue vetado, e Palmeiras repete time contra o Mirassol



O treinador do Palmeiras, Gilson Kleina, vai repetir o time do clássico contra o Santos no duelo diante do Mirassol, quarta-feira, às 19h30, no interior de São Paulo, pela 15ª rodada do Campeonato Paulista. O técnico demonstrou isso ao comandar treinamento coletivo na Academia de Futebol na manhã desta terça.

A repetição do time se deve por conta do veto de Vilson. O volante se recupera de um edema na coxa direita e tinha possibilidade de encarar o Mirassol. A definição da comissão técnica, no entanto, foi a de preservá-lo. O retorno deve acontecer sábado diante do Linense, no Pacaembu.

Kleina não tem desfalques por suspensão na partida diante do Mirassol. Assim como Vilson, os outros jogadores que estão de fora se recuperam de lesões. São eles: Leandro Amaro, Henrique Souza, Valdivia, Maikon Leite e Kleber Pinheiro.

O Palmeiras que vai a campo contra o Mirassol é formado por: Fernando Prass; Weldinho, Maurício Ramos, André Luiz e Juninho; Leo Gago, Charles, Márcio Araújo e Wesley; Leandro e Caio.

Em "Salve Jorge", Théo pega Lívia pelo pescoço e dá um fora na vilã


Ao saber que Lívia (Claudia Raia) foi procurá-lo em sua casa, Théo (Rodrigo Lombardi) fica furioso, vai até o hotel e dá um fora na vilã. "Você não me interessa", diz ele, depois de mandar Lívia se afastar da sua família. A chefe da quadrilha de tráfico humano fica inconformada com a atitude do capitão, mas depois de atira para cima dele dizendo que está louca por ele e que seria capaz de tudo por esse amor. Em tom debochado, Théo vai embora. Desesperada, a vilã atira um sapato nele, mas não acerta. Wanda (Totia Meirelles) vê a cena e pega o sapato do chão